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Seguros | Regulamentação das cooperativas de seguros traz avanços, mas deixa lacunas

Publicada em: 03/03/2025 09:29 - Seguros

O mercado de seguros nacional desenhou e colocou em prática projetos visando aumentar a sua participação na vida dos brasileiros. Esse posicionamento ficou ainda mais claro nos últimos anos com a criação e o avanço das insurtechs e com a flexibilização das leis, tendo como protagonista o Sandbox Regulatório da Susep. 

A modernização está sendo fundamental para o setor, mas o crescimento da adesão a seguros como o de automóvel, por exemplo, ainda é tímido: segundo o último levantamento da CNseg, a frota de veículos segurados continuou perto dos 30%.

Nesse ínterim, as Associações de Proteção Veicular, atuando sem regulamentação, cresceram e atingiram um público que estava fora do radar das companhias seguradoras: donos de carros mais velhos. Esses veículos apresentam maior risco e geralmente não são cobertos se tiverem mais de dez anos. Ao mesmo tempo, a frota de veículos em circulação está envelhecendo. De acordo com o último levantamento do Sindipeças, em 2023, a idade média foi de 10 anos e 10 meses para carros e de 8 anos e 4 meses para motos

“Sabe-se que o encarecimento do valor do veículo devido à incorporação de novas tecnologias, seja por itens de segurança ou energia limpa, além das altas taxas de juros, nível elevado de inadimplência, dificuldade de obtenção de crédito e desvalorização cambial não oferecem um cenário propício para alterar essa realidade”, informou o sindicato.

Recentemente, a Presidência da República sancionou a Lei Complementar 213, que regulamenta a operação das cooperativas de seguros. A norma também regula as operações de proteção patrimonial mutualista. A medida abrange, por exemplo, as chamadas associações de proteção veicular que poderão funcionar como “grupos de proteção patrimonial mutualista”.

 

O Brasil vive uma enorme concentração, pois constam 36 seguradoras listadas no Ranking SUSEP. Porém, incrivelmente, 90% do volume de seguros auto se divide apenas entre as sete primeiras seguradoras do ranking, e pasmem, as três primeiras colocadas possuem metade de todo o mercado.

Para completar esse cenário, ou justamente por causa dele, nos últimos 30 anos, nenhum destes sete principais grupos seguradores demonstrou real interesse em tentar encontrar soluções ou tarifas mais razoáveis para segurar motos, caminhões ou veículos mais antigos. E assim, o mercado de seguros Auto no Brasil segue sendo um verdadeiro “rouba-monte”, no qual as dez primeiras colocadas do ranking ajustam anualmente suas tarifas em busca de conquistar o “bom risco”, com bônus, que está segurado pela congênere.

 

Fonte: Seguro Nova Digital

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