No cenário atual, o planejamento sucessório tem ganhado cada vez mais relevância, principalmente pela necessidade de evitar os altos custos e a burocracia dos processos tradicionais de sucessão patrimonial. Fabiano Santana, Head de Planejamento Sucessório da Guide Investimentos, explica como os seguros podem ser utilizados como ferramentas eficazes dentro dessa estratégia.
Gerenciamento de Riscos
Os seguros desempenham um papel crucial no gerenciamento de riscos, garantindo que, em caso de imprevistos, a indenização possa cobrir eventuais prejuízos ou perdas financeiras. “Os seguros de vida são os veículos mais eficientes, baratos e menos burocráticos para a condução de trâmites sucessórios”, destaca Santana. Ele observa que os custos e a burocracia envolvida em um processo de sucessão podem ser extremamente onerosos para as famílias, muitas vezes deixando-as sem recursos para arcar com esses processos.
Custos envolvidos
Para se ter uma ideia dos custos envolvidos, um processo de sucessão pode custar entre 12% e 20% do valor do patrimônio. Entre os custos mais relevantes estão:
- ITCMD (Imposto Sobre Transmissão Causa Mortis e Doação): de 4% a 8% do valor patrimonial.
- Honorários advocatícios: de 4% a 10%.
- Emolumentos (custos com cartórios): de 1,5% a 4%.
Dado que esses custos são inevitáveis, é fundamental desenvolver estratégias para lidar com eles de forma antecipada, garantindo que a família não enfrente dificuldades financeiras no futuro.
Seguros de vida eficientes
Santana recomenda a contratação de seguros de vida que possuam algumas características específicas, tornando-os mais eficientes que os seguros tradicionais. Esses seguros devem ser vitalícios, com a possibilidade de quitação em 10 anos, e permitir o resgate do valor investido caso o cliente opte por cancelar o seguro.
A escolha e implementação desse tipo de seguro exigem a visão de um especialista, que irá analisar diversas informações do cliente, como renda, estado de saúde, idade, contexto familiar e patrimônio. Esse modelo de atendimento especializado se tornou uma referência na Guide Investimentos, resultando em um aumento de quase 100% nas emissões de seguros de vida de 2022 para 2023.
Cultura de seguros no Brasil
A Guide Investimentos recentemente teve profissionais certificados pelo MDRT (Million Dollar Round Table), uma associação global que reúne os principais profissionais de seguros de vida e planejamento financeiro do mundo. Apenas 1% dos profissionais de seguro de vida no mundo possuem essa chancela, evidenciando a excelência dos serviços oferecidos pela Guide.
No entanto, Santana reforça que o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer no que diz respeito à cultura de seguros. “Apenas 16% da população possui seguro de vida”, afirma. “Isso ocorre porque a cultura de contratar seguros é relativamente recente no país, e muitos brasileiros ainda não têm esse hábito devido à falta de conhecimento e à cultura de gestão de risco pouco desenvolvida.”
Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos cerca de 60% das famílias possuem seguro de vida. No Japão, um país altamente suscetível a desastres naturais, aproximadamente 90% das pessoas possuem uma apólice de seguro de vida. “No Brasil, eventos recentes, como a tragédia no Rio Grande do Sul e a pandemia, evidenciam a necessidade de repensar a importância dos seguros e as vantagens de transferir seus riscos para a seguradora através de uma apólice estruturada, personalizada às necessidades familiares e conduzida por um especialista certificado”, acrescenta Santana.
Por isso, os seguros, especialmente os de vida, são ferramentas estratégicas dentro da sucessão patrimonial eficiente. Com o apoio de especialistas é possível garantir que as famílias estejam preparadas para lidar com os altos custos e a burocracia dos processos de sucessão, proporcionando segurança financeira e tranquilidade para o futuro.
Fonte: Revista Apólice
Data: 02/08/2024